É o crescimento desordenado das células da parede intestinal que se degeneram e a invadem de maneira cada vez mais profunda, destruindo a arquitetura do órgão e, posteriormente atingindo outras estruturas adjacentes e à distância. É, em dados estimados, o terceiro tipo de câncer mais comum em homens e mulheres no Brasil. Um aspecto muito importante e que aumenta o valor da prevenção nesta doença é o fato de a maioria dos tumores de intestino ser derivado de lesões benignas, denominadas pólipos. Elas são representadas por elevações no relevo da parede do intestino, como verrucosidades e que crescem e suas células se desarranjam de forma a tornar-se o câncer invasor. A FIGURA abaixo é de um pólipo visualizado durante colonoscopia.
Fonte da imagem: https://www.flickr.com/photos/68593585@N04/sets/72157627930873956/
O tipo mais comum de câncer de intestino é o tipo adenocarcinoma e as características a seguir estão relacionadas a ele.
A maioria dos pacientes com câncer de intestino não tem sintomas e muitos não procuram saber sobre prevenção por causa disto. Quando os sintomas aparecem, geralmente as lesões já estão avançadas e a cura, mais difícil. Para saber mais sobre a Prevenção do câncer de intestino, visite a sessão Prevenção e Saúde do nosso site.
Os portadores de câncer podem com o passar do tempo, manifestar os sinais abaixo:
Anemia e/ou sangramento intestinal
Perda de peso
Dor abdominal – prolongada e frequente
Distensão do abdome
Vômitos e parada de eliminação de fezes e gases
Emagrecimento sem causa aparente
Com o aparecimento destes sintomas, o paciente deve procurar o especialista para uma avaliação mais aprofundada, pois nem sempre eles estão doentes, mas se estiverem, quanto antes for feito o diagnóstico, melhor. Veja a FIGURA abaixo:
Tradução livre da legenda e fonte da imagem: http://dalarohalsa.se/kost
Ela representa a evolução do câncer da esquerda para direita em estágios cada vez mais avançados, sendo que as lesões que são detectadas mais precocemente, permitem um índice de cura de até 90% (estágio 1 e 2). Já as lesões invasivas vão causar a morte do paciente em até 70% (estágio 4).
O diagnóstico envolve a avaliação do cólon por diferentes métodos. Hoje, os mais comumente utilizados são: a colonoscopia e a colonoscopia virtual. O primeiro envolve a passagem de um aparelho por todo trajeto do intestino do paciente que está sedado e que identifica, remove material para biópsias e até trata lesões do intestino. Já o segundo, é representado por um exame de tomografia computadorizada com baixa dosagem de radiação, que reconstrói a imagem do intestino por computador e permite a identificação das lesões, mas não realiza biópsias e nem tratamento.
Quando um paciente recebe o diagnóstico de câncer de intestino, não deve encará-lo como o fim. A maioria das lesões, como relatado acima, são curáveis com o tratamento que envolvem cirurgia e, eventualmente quimioterapia e radioterapia das lesões retais.
A evolução das técnicas no tratamento do câncer de intestino permitiu que não sejam necessárias grandes incisões (cortes) no abdome. A cirurgia minimamente invasiva já é uma realidade e apresenta vantagens, desde que realizada por profissional capacitado. A FIGURA abaixo ilustra a cirurgia laparoscópica, uma das formas de operar o câncer de intestino que permite a remoção das do segmento de intestino afetado com margens de segurança e porterior anastomose (reconstituição) do trânsito intestinal.
Fonte da Imagem: http://www.coloproctologiahp.com.br/laparoscopia_14.html
Uma questão frequente de pacientes com lesões intestinais é – Será que vou precisar ficar com uma colostomia? (colostomia é a exteriorização de parte do intestino pela parede do abdome que permite a drenagem das fezes que são coletadas em uma bolsa)
A resposta, na maioria das vezes, é – “Não”. A grande parte dos paciente operados têm o trânsito intestinal reconstituído no mesmo momento da cirurgia de retirada da lesão. A ostomia só é utilizada em caso de complicações cirúrgicas ou em lesões com características muito especiais e estes casos específicos serão esclarecidos pelo cirurgião. Todavia, mesmo quando necessárias, a maioria das ostomias é temporária e, com tempo médio de 3 meses, será desfeita e o paciente retornará à vida normal.
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