Desde a implementação, a cirurgia robótica é motivo de grande fascínio, mitos e dúvidas por parte dos pacientes que nos procuram para o tratamento de doenças intestinais. Desde questões de simples resolução até aquelas que desafiam o especialista serviram de motivação para escrevermos o texto de hoje.
Em nosso blog tivemos a oportunidade de abordar artigos sobre essa nova modalidade de cirurgia que, a nosso ver, veio para ficar. O futuro é a cirurgia minimamente invasiva, e a tecnologia robótica tem grande possibilidade de avanço.
10 dúvidas sobre a cirurgia robótica
Agora vamos falar mais detalhadamente sobre alguns mitos acerca dessa tecnologia. Separamos aqui, as dúvidas mais comuns que chegam em nossa clínica.
1. O robô vai me operar sozinho?
Não, até o momento, todas as plataformas de cirurgia robótica são apenas ferramentas utilizadas pelo cirurgião para realizar uma operação de maneira minimamente invasiva, ou seja, sem utilização de grandes cortes.
Em outras palavras, a cirurgia robótica é uma maneira de auxiliar, mas quem opera é o médico e sua equipe.
2. Existe cirurgia robótica pelo SUS ou por convênio?
A utilização da plataforma robótica ainda é nova em nosso país e apenas poucas operadoras de saúde suplementar (convênios) disponibilizam a aplicação em seu rol. O SUS, por sua vez, não apresenta essa opção até o momento da publicação deste texto.
3. Quais as vantagens da cirurgia robótica?
Sobre as vantagens da cirurgia robótica, de maneira resumida, a utilização dessa plataforma permite que o cirurgião opere com:
Melhor visualização (as imagens são em 3D e com alta definição)
Maior delicadeza, uma vez que, por causa da máquina, há supressão do tremor natural do ser humano
Maior amplitude de movimento, visto que as pinças robóticas mimetizam a ação da mão humana.
4. Cirurgia robótica pode ajudar a tratar doenças anais?
Sim, existem casos, principalmente em lesões de reto, em que é possível fazer uma cirurgia robótica transanal. Todavia, são casos selecionados e não são todas as doenças anais que podem ser tratadas com essa modalidade.
5. Quanto tempo dura a cirurgia robótica intestinal?
O tempo da cirurgia robótica intestinal varia muito e depende de vários fatores como:
Doença a ser tratada
Localização do problema no intestino
Experiência da equipe
Características dos pacientes
Geralmente, a duração do procedimento varia entre 3 a 7 horas.
6. Qual é a diferença entre cirurgia laparoscópica e robótica?
Apesar de ambas serem consideradas técnicas minimamente invasivas, que utilizam cortes pequenos para acesso dentro da cavidade abdominal, a cirurgia laparoscópica se utiliza de pinças retas que são manuseadas diretamente pelo cirurgião e sua equipe, com imagem em uma tela de duas dimensões e sem a estabilização dos tremores das mãos humanas.
No caso da utilização da ferramenta robótica, as pinças são manuseadas pelos braços robóticos que conseguem mimetizar o movimentos da mão humana e com estabilização de pequenos tremores. Outro fator é que a imagem é vista em um visor 3D, o que melhora muito a definição de profundidade.
7. Qual é o valor de uma cirurgia robótica?
Infelizmente, os valores envolvidos na disponibilização da cirurgia robótica são altos e nem todos os pacientes conseguem ter acesso a ela. Uma notícia boa é que novas marcas de robô estão sendo desenvolvidas e, com isso, a concorrência deve possibilitar uma diminuição do preço da operação.
8. Como é a recuperação da cirurgia robótica?
A recuperação de uma cirurgia depende de:
Tamanho do procedimento
Localização
Condições do paciente
Processos anestesiologica
Resposta do organismo
Quando tudo acontece da maneira planejada, o tempo de internação é curto, cerca de três dias, mas a recuperação acelerada nem sempre é possível. A pessoa terá alta quando apresentar condições para ficar em casa em segurança.
Para saber mais sobre a recuperação acelerada em um pós-operatório, clique aqui para ler um texto sobre esse assunto.
9. Quem pode ser submetido à cirurgia robótica?
A princípio, qualquer paciente que tenha condições de ser operado pela técnica laparoscópica é candidato a cirurgia robótica.
De toda forma, sempre que indicamos um procedimento, solicitamos uma avaliação cardiológica e/ou anestesiológica para verificar se o indivíduo precisa estabilizar alguma doença ou está em situação de risco para operar.
10. O robô pode tomar o controle da cirurgia?
Essa pergunta vem desde a época dos filmes de ficção científica e tem se intensificado agora com as plataformas de inteligência artificial.
Mas a resposta de momento é “não”. As ferramentas robóticas disponíveis no mercado são assistentes e não têm independência de movimento.
Todavia, como toda máquina, pode haver movimentação anormal causada por alguma (rara) falha. Se isso acontecer, existe um botão que desliga emergencialmente o aparelho para que o problema seja corrigido.
Esperamos que a maior parte das dúvidas tenha sido sanada, mas, se alguma nova pergunta surgir, envie pelo meu Instagram e Facebook.
Até semana que vem!
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