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DOENÇA PILONIDAL (CISTO PILONIDAL) 10 PERGUNTAS E RESPOSTAS.

1 - O que é a doença pilonidal?

A doença pilonidal, comumente chamada de cisto pilonidal, consiste na penetração/presença de pelos abaixo do nível da pele, o que gera uma reação inflamatória no tecido adjacente, com formação de secreção purulenta, que forma lesão cística ou drena por orifícios próximos à região. FIGURA 1

FIGURA 1 - Doença pilonidal

http://www.trisoma.com.br/#!cisto-pilonidal/cylk

2 - Qual é a causa da doença pilonidal?

Antigamente, acreditava-se que o individuo nascia com o problema; sabe-se hoje que é um processo adquirido durante a vida do paciente. A presença de pelos na região, o traumatismo local, fatores hormonais e a obesidade estão relacionados ao seu surgimento.

3 - Quem são os indivíduos mais susceptíveis ao aparecimento da doença pilonidal?

É mais comum em adolescentes e adultos jovens, obesos e do sexo masculino. Todavia pode acontecer em qualquer sexo. Indivíduos que, em seu trabalho, manipulam pelos e cabelos também podem apresentar o problema (p. ex. tosquiadores e cabeleireiros).

4 - Qual é o local mais comumente afetado?

A região sacrococcígea é a mais acometida (FIGURA 2), fator relacionado com a flora bacteriana local, localização dos pelos e o movimento de levantar e sentar, que gera pressão e facilita a sua penetração na região. Os pacientes que trabalham com cabelos ou pelos podem apresentar lesões em locais expostos (principalmente as mãos).

FIGURA 2 - O pelo e a doença pilonidal

Fonte da imagem: arquivo próprio

5 - Quais são os sintomas mais comuns da doença pilonidal?

O portador de doença pilonidal pode não ter sintomas, todavia o mais comum é o início de drenagem de secreção em região próxima às nádegas, associadas ou não à dor. A secreção pode ser clara, sanguinolenta e/ou purulenta.

Alguns indivíduos têm como primeiros sintomas, dor, inchaço local e febre. Podem ser sinais de formação de um abscesso, que deve ser avaliado por um médico, de preferência coloproctologista, que realizará a drenagem da secreção purulenta e orientará o uso de analgésicos e antibióticos, quando necessários.

6 – Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da doença é clínico; geralmente o exame físico local é suficiente para que a conduta e tratamento sejam definidos. Todavia, o coloproctologista deve realizar o exame completo do paciente para que outros diagnósticos sejam excluídos, p. ex. fístulas e abscessos perianais (mais informações estão disponíveis no Blog específico sobre o assunto).

Em caso de dúvida diagnóstica, podem ser utilizadas a ultrassonografia de partes moles e a ressonância magnética de pelve para melhor avaliar o processo.

7 - Quais são os tratamentos disponíveis?

O tratamento cirúrgico é o padrão-ouro no tratamento da doença pilonidal. Existem várias técnicas que podem erradicar o problema. Elas podem ser conservadoras, com pequenas incisões e curetagem do tecido doente, ou radicais, com incisões grandes e/ou confecção de retalhos de pele. Quanto menos tempo de doença, menor número de crises e menor extensão da lesão, mais simples a operação. Existem novos procedimentos sendo utilizados para o tratamento da doença pilonidal, como o Laser, e seu papel no tratamento ainda estão sendo estudados. Portanto, é sugerido não retardar a avaliação com o coloproctologista, sendo este é o profissional mais indicado para a avaliação, diagnóstico e determinação da conduta. O paciente não deve se desesperar uma vez que a maioria dos casos é de tratamento simples.

FIGURA 3 - Diferentes técnicas cirúrgicas no tratamento da doença pilonidal

8 - Todo paciente com doença pilonidal precisa operar?

A doença pilonidal tem caráter crônico e tende a não cicatrizar espontaneamente, contudo pacientes que apresentam crises infreqüentes ou poucos sintomas, podem ser acompanhados conservadoramente, desde que devidamente orientados sobre o risco de crises e da necessidade de reavaliação se os sintomas aparecerem ou retornarem.

9 - Quanto tempo o paciente ficará afastado de suas atividades diárias após o procedimento cirúrgico?

Depende da técnica cirúrgica utilizada; quanto maior a ferida, maior o tempo de afastamento. A maioria dos pacientes pode retornar às suas atividades em um período de 14 a 21 dias.

10 - Existe alguma medida que o paciente possa tomar para diminuir a chance de retorno da doença ou nova crise em quem não operou?

DEPILAÇÃO. O paciente com doença pilonidal deve manter a região acometida sem pelos, mesmo que não tenha sintomas ou que tenha operado. A presença dos pelos no local, aumenta a chance de novas crises e no caso dos pacientes que fizeram o tratamento cirúrgico, a queda de pelos dentro da ferida praticamente garante o retorno do problema.

SAÚDE!!!

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