A cirurgia robótica para câncer de intestino grosso e reto é o que há de mais recente em avanços cirúrgicos para essas doenças, mas as evidências sobre sua superioridade ainda não são definitivas.
A maioria dos especialistas já concorda que esse é o caminho do futuro, mas será que ele já chegou?
Parece que sim. Ou, pelo menos, estamos muito perto. Vamos entender ao longo do texto!
Cirurgia robótica para câncer de intestino grosso e reto
Um estudo publicado em 2023 utilizou o que há de mais moderno na análise de desfechos de tratamento cirúrgico, apresentando resultados foram bastante interessantes. Para comparar a cirurgia robótica e laparoscópica, os pesquisadores utilizaram uma metodologia que considerava variáveis de boa evolução, como:
Ausência de complicações
Readmissões no hospital
Mortalidade
Internação prolongada
E foram muitos pacientes analisados…
A pesquisa, que incluiu um total de 53.209 indivíduos, considerou que a cirurgia robótica foi significativamente superior que a via laparoscópica nas abordagens do intestino grosso, mais especificamente, cólon direito e esquerdo.
Além disso, outro estudo também encontrou resultados favoráveis com relação à remoção de linfonodos na cirurgia de câncer. Em outras palavras, a remoção da peça cirúrgica, isto é, do material removido na operação, foi mais adequada oncologicamente para análise pós-operatória.
Mas a cirurgia robótica de reto é a melhor opção?
Bom, nem tudo está definido.
Quando vamos estudar as cirurgias de reto, os resultados ainda não são tão bem definidos. Por exemplo, o mesmo estudo que utilizamos como referência no começo desse texto observou que houve mais complicações nas operações de reto. Por que será?
Podemos levantar vários motivos relacionados à cirurgia de reto que podem ajudar a explicar esses achados:
1. Complexidade do procedimento
A cirurgia de reto é tecnicamente muito mais difícil. Além disso, a curva de aprendizado do cirurgião robótico pode ser longa.
2. Base de dados antiga
Os pacientes analisados nesse estudo foram operados entre 2015 e 2020. Isso ocorreu no início da experiência robótica, o que pode significar técnicas menos desenvolvidas, plataformas mais antigas e cirurgiões menos experientes.
3. Erros na classificação e introdução dos dados durante a coleta
Todo estudo sofre com riscos de que a entrada dos dados no banco de armazenamento possa ser feito de maneira incorreta e isso gerar erros nos resultados.
O que dizem outros estudos sobre cirurgia robótica de reto?
Será que os resultados descritos acima revelam que a cirurgia robótica para reto seja pior?
Pode até parecer que sim, mas diversos outros estudos publicados nos últimos tempos têm demonstrado resultados no mínimo equivalentes entre a cirurgia de reto por via laparoscópica ou robótica.
Isto é, comparativamente, nenhuma parece ser inferior a outra.
Conclusão
A cirurgia robótica para câncer de intestino e reto ainda está em desenvolvimento e parece ser tão segura quanto as outras vias cirúrgicas. De toda forma, há muito para evoluir e só o futuro pode nos mostrar quais serão os seus limites.
O interessante é que, mesmo que os resultados ainda são sejam completamente favoráveis ao seu emprego, nenhuma técnica apresentou tanto desenvolvimento em tão pouco tempo, com novos materiais, técnicas e aparelhagem. Isso parece ser muito promissor.
Até mais, pessoal!
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