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Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) associadas ao intestino

Aqui no blog, tenho abordado alguns posts sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) que acometem o intestino. Já publiquei sobre a infecção pelo Papilomavírus humano (HPV) e ainda irei abordar temas como infecção por gonococo e clamídia, herpes anogenital, sífilis e linfogranuloma venéreo.

Neste texto, quero trazer explicações gerais – não necessariamente ligadas ao intestino – , mas fundamentais sobre as IST, uma vez que têm aumentado de maneira sistemática em nosso país.

IST relacionadas ao intestino

As IST são consideradas doenças transmitidas por meio do contato sexual (oral, vaginal e anal), além da transmissão durante a gestação, parto ou amamentação. Apesar de menos frequente, as IST podem ser transmitidas sem ser pelo meio sexual, isto é, quando há contato de mucosa ou pele com feridas que apresentam secreções corporais contaminadas.

O termo IST passou a ser utilizado em detrimento da antiga nomenclatura “Doenças Sexualmente Transmitidas” (DSTs), para destacar a possibilidade de transmissão entre pessoas, mesmo que não apresentem sintomas e sinais.

Dados no Brasil sobre as IST

Os dados brasileiros relativos às IST são preocupantes. Segundo estatísticas do Ministério da Saúde, 25% das pessoas acometidas por elas são adolescentes.

Além disso, mais de dez milhões de brasileiros tiveram pelo menos uma IST na vida, enquanto mais da metade das pessoas não usa preservativos de maneira sistemática. São dados que merecem acender alerta em toda a população, concorda?

Por que as IST, inclusive do intestino, são preocupantes

Sabemos que qualquer pessoa está sujeita a infecção por uma IST, inclusive as do intestino. O preconceito de que apenas indivíduos que mantêm relações homoafetivas estão expostas a essas infecções é um erro grosseiro.

Na maioria das vezes, o infectado não sente qualquer sintoma e passa muito tempo disseminando a doença para um grande número de pessoas que, por sua vez, podem apresentar grande desconforto, sofrimento e até a morte.

Alerta da OMS sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis

Esse assunto é tão importante que fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitisse um alerta, em 2019, sobre a epidemia de IST associada aos aplicativos de encontros e a falta de prevenção por parte dos usuários.

Sintomas das Infecções Sexualmente Transmissíveis

De maneira geral, os principais sinais e sintomas relacionados às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são:

  • Corrimento (saída de secreção) pela vagina, pênis ou ânus;

  • Feridas nos órgãos genitais ou em outras partes do corpo, de aparecimento espontâneo;

  • Verrugas em região genital;

  • Febre e dor abdominal ou inguinal associada ou não a ínguas (linfoadenomegalias).

Como é feito o diagnóstico

As IST podem ser abordadas de maneira sindrômica (em conjunto) ou individual. Somente o médico poderá determinar o melhor caminho, com a avaliação individualizada de cada paciente.

Para tanto, quanto mais rápido um paciente, que suspeita que está infectado, procurar ajuda, melhor e menos agressivo será o tratamento e as consequências.

Nos próximos posts, será possível explicar as características individuais de cada doença, como as relacionadas ao intestino, o que facilitará ao próprio paciente passar informações relevantes aos profissionais que o tratam.

Formas de prevenção das IST

Muito se fala da importância da prevenção de doenças. Tratar um problema evitável tem consequências sempre piores do que o possível desconforto da proteção. Por exemplo, o uso de preservativos masculinos ou femininos é cercado de tabu e preconceito, mas é o método mais eficaz para evitar doenças.

Vale lembrar que essa proteção deve incluir as relações orais, anais e vaginais. É uma medida simples que previne IST, hepatites B e C, AIDS e a gravidez indesejada.

A vacinação contra o HPV e a hepatite B também fazem parte do arsenal preventivo contra essas doenças, além da testagem para HIV, sífilis e hepatites virais, profilaxia pós-exposição ao HIV e tratamento antirretroviral.

No caso de diagnóstico de IST, devo avisar meus parceiros?

Além de uma medida de caráter humano e moral, informar os parceiros sobre a infecção permite que estes possam ser abordados, orientados e tratados adequadamente, o que diminui a chance de desenvolverem a doença, além de prevenir que outros se infectem.

Nas semanas seguintes, falaremos individualmente sobre as IST que frequentemente acometem o intestino. Mas é importante lembrar que, quando o diagnóstico é feito, o momento principal contra essas infecções já passou, que é justamente o de evitá-las.

Cuide-se!

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