top of page

Quais exames ajudam no diagnóstico de Doenças Inflamatórias Intestinais?

Salve, pessoal! Estamos no mês de conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais, e dia 19 de maio é conhecido como IBDDay, um dia dedicado internacionalmente à abordagem dessas doenças.


Nesse sentido, vem a pergunta: quais exames ajudam os médicos no diagnóstico e acompanhamento dos pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais?


Como já vimos em posts anteriores aqui no blog, as doenças inflamatórias que acometem o intestino podem ter manifestações das mais variadas. Com isso, há a necessidade de o médico sempre manter em mente a existência delas e não deixar de fazer diagnóstico.


Sintomas das Doenças Inflamatórias Intestinais

Para relembrar, entre a grande variação de sinais e sintomas que uma pessoa pode manifestar, alguns são comuns a outras doenças, como:

  • Diarreia;

  • Sangramento anal;

  • Emagrecimento;

  • Dor abdominal.

Além disso, há outros sintomas que estão relacionados a doenças comuns, mas que têm comportamentos diferentes, após a instituição do tratamento.


Esse é o caso da Doença de Crohn perianal, que pode se manifestar com fissuras, fístulas e úlceras anais, que não respondem ao uso de medicações e não cicatrizam após cirurgias convencionais.


Exames para diagnóstico de Doenças Inflamatórias Intestinais

Para tentar facilitar, vamos colocar abaixo, quais são os exames que podem auxiliar a identificar quais pacientes podem ter uma doença inflamatória intestinal ou não.


1. Exame físico e proctológico

Talvez a ferramenta mais importante na abordagem das doenças inflamatórias seja o exame físico e o coloproctológico.

Apesar de muito subvalorizada por alguns, o exame físico pode ajudar o médico a identificar:

  • Inflamação dentro do abdome;

  • Distensão abdominal anormal;

  • Sinais inflamatórios atípicos no ânus.

Outro fator a ser considerado é que essas doenças podem apresentar manifestações extra-intestinais. Então, todo paciente deve relatar quaisquer outras alterações que esteja sentindo, mesmo que aparentemente não relacionadas com o trato gastrointestinal.


2. Colonoscopia

A colonoscopia é outro exame muito útil, tanto para o diagnóstico quanto para o seguimento e a avaliação de resposta ao tratamento clínico.


Em outras palavras, a colonoscopia pode permitir identificar e levar à biópsia de lesões suspeitas em todo o trajeto do intestino grosso e a porção final do intestino delgado (intestino fino) – esses órgãos são os mais frequentemente acometidos pela Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa.


3. Endoscopia Digestiva Alta

Já esse é um exame estrutural, que visualiza o esôfago, o estômago e o duodeno, muito importante na avaliação dos pacientes com Doença de Crohn, visto que esta doença tem possibilidade de acometer desde a boca até o ânus.

4. Exames laboratoriais

Infelizmente, não há um marcador específico que consiga definir o diagnóstico, nem da Doença de Crohn nem da retocolite.

Exames laboratoriais ajudam no diagnóstico de doenças inflamatórias intestinais
Exames laboratoriais ajudam no diagnóstico de doenças inflamatórias intestinais

Mas alguns exames são indicativos importantes para o raciocínio do médico assistente, a saber:


Hemograma

Auxilia na avaliação de inflamação e infecções associadas.


Proteína C Reativa e Velocidade de Hemossedimentação

Marcadores importantes de inflamação no organismo ajudam no diagnóstico de inflamação, mas não determinam onde ela está acontecendo.


Calprotectina fecal

Poderoso auxiliar no diagnóstico e acompanhamento dos pacientes com doenças inflamatórias intestinais, esse exame é capaz de determinar o grau de intensidade do processo inflamatório no intestino, além de auxiliar muito na avaliação da taxa de resposta de medicamentos.


P-anca e ASCA

São dosados no sangue para auxílio no diagnóstico, não definem se é retocolite ou Crohn com certeza, mas permitem um direcionamento em casos difíceis.


5. Tomografia e/ou ressonância com contraste

A tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética com contraste intestinal – também chamada de enterotomografia ou enterorressonância – permitem a avaliação da parede do intestino fino (delgado).


O exame faz uso de contrastes administrados por via oral, que ajudam a avaliar as partes do intestino que não podem ser atingidas por exames endoscópicos.


Ambos são muito importantes na avaliação completa do paciente.


Exames devem ser analisados pelo médico

Como discutido acima, os exames de diagnóstico de Doenças Inflamatórias Intestinais não necessariamente indicam o problema de maneira definitiva. Muitas vezes, podem se passar anos até se definir se um paciente tem o quadro ou não.


Entretanto, quanto mais o médico ficar atento aos sinais clínicos e nunca excluir completamente da sua cabeça a possibilidade delas, a chance de que o tratamento seja instituído em momento oportuno é maior.


Mantenha-se sempre atento a tudo o que sente no organismo e não deixe de falar com seu médico.

Excelente dia 19 de maio!

CONTATO

ATENDIMENTO

 De segunda a sexta, de 9 as 17h.

ENDEREÇO

Rua Domingos Vieira, 319, sala 708, Santa Efigênia, Belo Horizonte - MG

Bem-vindo, você é o visitante:

ⓒ 2023. Dr. Bruno Giusti Werneck | Todos os direitos reservados.

  • Instagram
  • LinkedIn
  • Facebook
  • Twitter
bottom of page