O crescimento rápido de uma tumoração (nódulo) no ânus dos pacientes, gera medo de câncer. Apesar de a preocupação com os tumores malignos ser justificada por sua importância e risco de levar até à morte, o propósito deste texto é orientar sobre a causa mais comum desta queixa, a trombose hemorroidária.
Fonte da imagem: https://www.vegetall.com.br/remedio-caseiro/hemorroidas-12-remedios-caseiros/
Como foi discutido anteriormente neste blog, o tecido hemorroidário é composto por grande quantidade de vasos sanguíneos com sangue circulando. Quando ocorre um traumatismo no local (fezes endurecidas, diarreia intensa, esforço evacuatório, uso vigoroso do papel higiênico, entre outros) ou mesmo sem causa aparente, pode ocorrer o início de uma coagulação do sangue que, no caso da região anal, se manifesta com um nódulo local.
Quando a cascata de coagulação do sangue é ativada, o processo é rápido e é por isto que vários pacientes relatam o aparecimento súbito de uma nodulação anal dolorosa. A pele distendida ficará quase transparente, o que permite a visualização da cor arroxeada do coágulo. Se ocorrer a ruptura da pele, pode haver sangramento e, eventualmente, a expulsão do coágulo.
Apesar de ser uma condição benigna e que, normalmente irá se resolver de maneira espontânea, é importante que um especialista seja consultado, visto que existem outras condições que podem se apresentar com sinais e sintomas semelhantes e necessitarem de tratamento imediato.
Exemplos disto são os abscessos anais, tumores indiferenciados, condilomas, entre outros.
O tratamento da trombose hemorroidária, envolve medidas locais:
- Banhos de água morna – por 5 minutos – duas a três vezes ao dia, em caso de dor.
- Gelo local – por 3 minutos – duas a três vezes ao dia, em caso de inchaço e sangramento.
- Correção do hábito intestinal – com uso de alimentos ricos em fibras e hidratação adequada.
- Suspensão do uso de papel higiênico – para evitar trauma no local – dar preferência para lenços umedecidos, ou higienização com água.
Pode ser necessário o uso de medicações como analgésicos, anti-inflamatórios (para a dor e inchaço), medicações flebotômicas (como a diosmina, hesperidina e cumarina, que ajudam a diminuir inchaço e sangramento)
Finalmente, o tratamento cirúrgico pode ser uma opção em caso de agravamento dos sintomas ou a não resposta ao tratamento clínico.
Lembre-se, esta é uma condição benigna, mas a automedicação é perigosa e antes de começar qualquer medida clínica, consulte um Coloproctologista!
Até semana que vem!
Cuide-se!